quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Vinhos Alentejanos e sugestão de harmonização



Durante anos, Portugal era conhecido pelos bebedores de vinho apenas por seu grande e doce vinho fortificado, o Porto - os outros tipos de vinhos eram produzidos apenas para exportação – vinhos nem branco nem tinto, nem doce, nem seco, nem espumante ou não espumante – dos quais Mateus e Lancers eram os principais no meio do século xx.
Entre os países produtores de vinhos, poucos no mundo ostentam a diversidade que há em Portugal. Indo do vinho verde aos encorpados do Douro e do Alentejo e passando pelos fortificados Madeira e Porto.
A grande revolução na indústria vinícola portuguesa começou em 1986, com a adesão de Portugal à Comunidade Econômica Europeia. Isso permitiu o ingresso de capital estrangeiro e muitos investimentos foram feitos. As vinícolas se modernizaram, adotaram-se novas técnicas de plantio, promoveu-se um estudo das variedades de uvas, para ver em que condições melhor se adaptavam e investiu-se na formação dos enólogos. Como resultado,  os vinhos melhoraram, subiram de patamar e hoje enfrentam seus "rivais" em igualdade de condições. 
O Alentejo talvez tenha sido uma das últimas, entre as grandes regiões de Portugal, a despertar para a produção de vinhos, mas quando o fez, foi em busca da qualidade. Tanto que hoje em dia é a que apresenta a qualidade média mais elevada, quando comparada às demais regiões. O nome da região já carrega certa dose de poesia - Alentejo, ou além do rio Tejo para quem parte de Lisboa. Maior província de Portugal é limitada ao norte pelo rio Tejo, a noroeste pela Estremadura, a oeste pelo Oceano Atlântico, a leste pela fronteira com a Espanha e ao sul pelo Algarve. A Chuva é pouca e as temperaturas rotineiramente tão altas que a colheita começa na terceira semana de agosto. Solos ricos e margosos são entremeados com granito e xisto, com quais a maioria das vinhas combinam bem.
Os vinhos do Alentejo são feitos a partir das uvas Aragonês (Tempranillo), Trincadeira, Castelão, Alicante, Bouschet, Roupeiro e Antão Vaz, e apresentam características muito comuns, como: toque frutado, taninos presentes e teor alcoólico elevado, por isso as harmonizações são diversas, que podem combinar com uma simples pizza ou até mesmo carnes vermelhas grelhadas ou assadas.

Sugestão de Prato
Bife no churrasco com crosta de ervas
Rendimento: 10 porções
Crosta de ervas
2 colheres (chá)/ 6g de alho picado
14g de salsa picada
170g de farinha de rosca
170 de manteiga derretida
1 colher (chá)/ 5g de  sal
½ colher (chá)/1g de pimenta- do- reino moída
Bifes
10 bifes de alcatra (284g cada)
1 colher (sopa)/15g de sal
1 ½ (chá)/3g de pimenta – do - reino moída
1 colher (sopa)/9g de alho amassado
45 ml de óleo vegetal
360 ml de molho de churrasco
Molho de churrasco
43g de açúcar mascavo
4 ½ colheres (chá)/ 9g de páprica
4 ½ colheres (chá)/ 9g de pimenta-do-reino moída
4 ½ colheres (chá)/ 9g de mostarda em pó
1 colher (chá)/ 5g de sal
¾ de colher (chá)/ 1,5g de pimenta-de-caiena
30 ml de molho inglês
240 ml de vinagre de vinho branco
720 ml de ketchup
60 ml de água
Coloque todos os ingredientes numa tigela e misture bem. Ajuste o tempero com sal e pimenta-de-caiena se necessário.
1.       Pré-aqueça a grelha ou a salamandra a 204ºC.
2.       Combine todos os ingredientes para crosta de ervas e misture bem.
3.       Tempere os bifes com sal e a pimenta, esfregue o alho e pincele ligeiramente com óleo.
4.     Coloque o lado de melhor aparência dos bifes virado para baixo, nas grades da grelha ou para cima na salamandra. Grelhe sem mexer, por 2 minutos.
5.   Vire os bifes e termine o cozimento até o ponto desejado. 
6.   Cubra os bifes com a crosta de ervas e doure na salamandra. Sirva imediatamente. Se desejar, acompanhe com o molho de churrasco.