quarta-feira, 28 de março de 2012

Outra novidade na Zahil: Chocolates Gourmet

Eu e o Murilo queremos que a nossa loja seja uma referência de qualidade. Nessa idéia, tudo conta: o atendimento, a armazenagem, a entrega, os produtos, a embalagem, e até mesmo a água ou o cafezinho que oferecemos aos nossos clientes. Queremos também que seja uma referência para presentes gourmets. Para isso, estamos aos poucos aumentando nossa linha de produtos - digo aos poucos porque queremos sempre "o produto". Hoje, temos "os vinhos" e a linha de geléias Mathilda que, como eu já mencionei em outra postagem, é um estrondo e foi, é claro, o maior sucesso (é "a geléia").
Para a páscoa, encontramos "o chocolate" - os chocolates Saint Phyllipe. Esse foi o escolhido não apenas por se tratar de um chocolate belga MARAVILHOSO que derrete na boca e brilha como uma jóia; mas porque é "o presente". Os bombons, barrinhas e ovos de páscoa são tratados pela empresa - desenvolvida pela chocolatier Andressa Vasconcelos - como jóias de verdade. 
Visitamos a fábrica, onde tem um showroom, e ficamos encantados. Nos passaram uma série de recomendações de transporte e armazenagem para a manutenção da excelência do produto que, na verdade, é muito parecida com o que já fazemos com nossos vinhos - controle de temperatura e umidade 24h/dia. E nos informaram que o chocolate deve ser consumido em até 60 dias da produção para manter as suas características (motivo pelo qual os chocolates importados "de prateleira", muitas vezes parecem sem graça). As embalagens emocionam (parecem caixas de jóias), e eu encontrei o que procurava especialmente para a páscoa: ovos de páscoa sem aquele papel celofane (desculpem quem aprecia)! E o sabor, então! -  provei ao leite, bombom de champagne, gianduja e o pailleté (um crocante francês fino, muito diferente e o mais delicado que já provei) - e ainda tem chocolates de origem controlada, feitos com os melhores cacau do mundo. Tudo isso, por um preço que não assusta, pois são muito parecidos com outras marcas brasileiras. 


Então, antes de comprar seu presente de páscoa naquele lugar de sempre, venha conhecer os chocolates Saint Phyllipe na Zahil, você não vai se arrepender.

      

sexta-feira, 23 de março de 2012

Cascaï - Chateau Ferry Lacombe

 Nosso vinho Cascaï 2010, um Provence rosé aromático, fino e com longa persistência, feito com Grenache, Cinsault e Syrah (R$131) foi mencionado na matéria "Cores de Provence" por Didú Russo na revista Prazeres da Mesa - edição nº 102.
 A Confraria dos Sommeliers degustou às cegas alguns vinhos rosés dessa região francesa e elegeu os três melhores, sendo que nosso Cascaï ficou em segundo lugar, com 85 pontos, comprovando o que nós já sabíamos: o vinho prima pela delicadeza esperada de um bom rosé de Provence. Vale a pena experimentar!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Chile - Vinhos Premiados

 Dois de nossos vinhos apareceram no Guia Descorchados 2012:

 Montsecano 10 (vinho de grande concentração e intensidade aromática e também muito fresco, com muito sabor e perfume, R$287) ganhou como melhor Pinot Noir do Chile.


 Aquitania Syrah 10 (um típico Syrah com aromas de especiarias e florais, taninos macios e toque defumado, R$55) ganhou 91 pontos.

Flecha de Los Andes - Vinhos Premiados

 Temos 3 vinhos argentinos muito bem pontuados no Descorchados 2012:

 Punta de Flechas 09 (com estilo tradicional, relativamente europeu, é um vinho mais leve e fresco que seus "irmãos" Gran Malbec e Gran Corte; R$44) - e Gran Corte 08 (vinho refinado, com ampla gama de aromas e muita estrutura, R$194 ) receberam 90 pontos.







Gran Malbec 09 (de grande concentração, muito aromático, taninos angulosos e um frutado que equilibra muito bem o tostado da madeira, R$95) recebeu 92 pontos.

 No VI Argentina Wine Awards - organizado pelo Wines of Argentina - nosso Portillo Malbec 11 (com taninos aveludados e aromas de frutas negras - R$33) ganhou a "Medalha Trophy" na categoria Malbec de baixo custo.

Panorama da Pinot Noir do Novo Mundo na Zahil


"Pinot é uma uva difícil" já é mais repetido no meio dos vinhos do que "alalaô" no Carnaval - a questão é que é verdade. A uva é caprichosa, suscetível a cada detalhe que a cerca: desde o solo até a quantidade de chuva, passando pela forma com que é podada e chegando aos cuidados da vinificação. 

Não é sem motivo que os mais fanáticos dizem não existir Pinot Noir fora da Borgonha. Muitas vezes os vinhos se tornam irreconhecíveis, distorcidos pelo clima quente ou pelas técnicas de produção mais adequadas a outras variedades. Ainda assim, a cada tanto, aparecem alguns "bolsões de Pinot Noir" em lugares inusitados, que nos permitem descobrir novas expressões da uva sem que o vinho perca seu refinamento e uma relativa delicadeza, marca registrada da variedade.

Recentemente a equipe da Zahil de São Paulo se reuniu em torno das taças para provar e comparar Pinot Noir exclusivamente provenientes do Novo Mundo. Exceto eu mesmo, todos provavam seis vinhos às cegas, embora pudessem calcular quais poderiam estar a partir dos que compõem o nosso portfólio. São eles, atualmente:

Da Argentina:
Trumpeter Reserve Pinot Noir (R$71)
Salentein Reserve Pinot Noir (R$68)
Primus Pinot Noir (R$216)

Do Chile:
Sol de Sol Pinot Noir (R$118)
Montsecano (R$287)
Tectonia (R$95)

Da Nova Zelândia:
Framingham Pinot Noir (R$139)

O primeiro vinho, de cor rubi e intensidade média, mostrava álcool pronunciado já no nariz, embora com aromas que, para muitos na mesa, seguramente indicavam a variedade: notas florais, morango e um leve terroso. O vinho era volumoso e de fato continha um teor alcoólico elevado, característico dos Pinot produzidos na Argentina. Muitos votaram Trumpeter, a maioria acertou ao votar Salentein Reserve.

O segundo vinho mostrava a mesma tonalidade, com mais complexidade no nariz (sinais de evolução) e fruta ainda fresca. Em boca era delicado e equilibrado, muito floral, com notas terrosas e fruta muito fresca. Este confundiu muita gente - eu inclusive. Os que chegaram mais perto votaram no Tectonia ou no Sol de Sol - era o Framingham, nosso delicioso Pinot neozelandês.

O terceiro vinho trazia sempre a mesma cor, com um pouco a mais de concentração. No nariz um defumado forte denunciava para mim o rótulo, mas a fruta era bem colocada e as notas florais se ressaltavam. Em boca era estruturado, ainda que muito fresco e delicado, com bastante fruta e muito frescor. O defumado, que para mim era delator do vinho, é muito comum no Sol de Sol Pinot Noir, vinho produzido na afastada região de Traiguén, no extremo sul da área vitivinícola chilena.

O quarto vinho era bastante violáceo e concentrado, mas o que entregou de fato foi um aroma que lhe é característico: algo resinoso - que sempre me lembra as bolinhas japonesas, Jintan - e um terroso intenso, muito marcante. A fruta também é fresca e viva. Os taninos são mais pronunciados do que nos seus companheiros, o álcool bastante integrado e também em boca o resinoso aparece. Este era, obviamente, nosso raro e especial Montsecano, vinho biodinâmico produzido a partir de uma pequena parcela em Casablanca.

O quinto vinho tinha óbvios sinais de idade, seja pela cor (granada, com traços discretamente alaranjados) que pelos aromas (com flores secas, algo proteico além da fruta bem madura, que me fez pensar em morangos secos) e pela textura (com taninos marcantes, mas muito polidos), além do álcool também mais ressaltado que nos outros. Muitos foram capazes de identificar o Primus Pinot Noir, que ainda existe em estoque na safra de 2004 e é o mais velho à disposição. Boa surpresa, considerando o quanto este vinho é concentrado e potente quando novo e se mostrou bastante elegante e agradável, tendo integrado bem o alto teor álcool caracerístico dos vinhos argentinos.

O sexto e último vinho, complexo, fresco e refinado, foi a grande surpresa da noite: Tectonia, novidade da Zahil e da Bodega Volcanes de Chile, ainda não tinha sido provado muitas vezes por ninguém e foi, juntamente com o terceiro vinho, Sol de Sol, escolhido o mais atraente, complexo e típico da variedade. Seus aromas vão da fruta ao leve terroso, passando por um delicado tostado que remete às cinzas de carvão. Leve, de textura macia e muito frescor em boca, reflete o clima frio de Bio-Bio e o solo vulcânico que inspirou toda a produção da bodega.

Enfim, belíssima degustação que nos brindou com um panorama bastante completo da Pinot Noir em regiões selecionadas do novo mundo: na Argentina são mais concentrados e alcoólicos, mas também intensos e sedutores enquanto nas regiões mais frias do Chile e na Nova Zelândia podem ser muito refinados e complexos. Montsecano é, sem dúvida, o mais cheio de caráter de todos: mais que chileno, mais que Pinot, é um vinho marcado pela origem (uma colina em Casablanca) e pelo cultivo e vinificação peculiar (biodinâmicos, com fermentação em ovos de cimento).

Bernardo Silveira
Diretor Técnico - Zahil Importadora

quinta-feira, 8 de março de 2012

Tannat - Zahil

Aproveitando o texto do Murilo sobre sua ida à vinícola Carrau e a nossa promoção do Tannat de Reserva (25%), também vou "entrar na onda" Tannat.
A Tannat, como o nome já evidencia, é uma cepa com grande concentração de taninos e de difícil apreciação exatamente por isso. Mas os uruguaios aprenderam a "trabalhar" com ela e "amaciar" a uva, fazendo com que ela seja mais agradável e sedosa na boca.
A Zahil tem três maravilhosos vinhos do Uruguai produzidos com a Tannat pelas Bodegas Carrau:



O Cepas Nobles Tannat: vinho de delicadeza inesperada, aromático e muito especiado, com toques vegetais e acidez fresca. (R$37)











O Tannat de Reserva: produzido com videiras mais antigas e de longo amadurecimento, é sedoso e uniforme, com taninos agradáveis e sabores concentrados de frutas negras, tabaco e toques minerais. Este é, por um acaso, nosso vinho do mês em promoção: de R$58 por R$43,50.









Temos também o Amat: um Tannat elegantíssimo, macio e ricamente aromático (fruta fresca integrada à madeira, aromas de café, tabaco e especiarias). Foi considerado o melhor dos Tannats do mundo em uma matéria da Wine Spectator. (R$135)





  Na próxima semana teremos uma dica de harmonização com Tannat. Não percam, é deliciosa e suculenta!

 Abraços.